sábado, 23 de abril de 2011

Diligente num anonimato que surge num "ai"


O DA apresenta-se em plena BOA VIAGEM, estava á espera das festas como João nesta peça para uma rádio -  DA surge no momento "d'os Ais" em que o País contempla a crise que tivemos sempre, este "ais" de todos os dias também em Constância, o "ai" que estamos doidos, "ai" que o S. Pedro  nos estraga as Festas, "ai ai" temos um palco Tejo junto ao Zêzere, "ai" que as associações não participam, "ai" que a autarquia apanhou o vírus <votos em Montalvo> e não o consegue curar, "ai" que não se percebe que raio andaram a fazer 8 ou 9 meses na ponte, "ai" que não abrem vagas para o centro educativo para eu ir para lá, "ai" que as borboletas são caras, "ai" que o vinho e a cerveja está mais caro que o gasóleo, "ai" que só há trabalhos e não me aparece um emprego, "ai senhores" a Troika, "ai" que a Câmara não me arranja a estrada, "ai" que ninguém dá beijos na piscina de baixo de água para se filmar, "ai" o Camões, o Lima e O'Neill já não fazem versos e representam nenhum turismo, "ai" que ninguém me dá baixa e eu não sei fazer o trabalho, "ai" que ninguém me dá valor, "ai" que me andam a trair com outro(a), "ai" que vai passar o autocarro e têm que ir 2 abrir a cancela, "ai" que políticos só dão porcos no espeto na semana de eleições... "ai" tanta fome, "ai" que ninguém sabe da chave UJM, "ai" que apoiam associações para irem de férias, "ai" que andamos à deriva, "ai" que a culpa é dele(a) e nunca é minha, "ai" que nos vão tirar as tolerâncias de ponte, "ai" que não se emprega quem vota fora do concelho, "ai" que o subsidio de desemprego está acabar e tenho que procurar emprego, "ai" que me doí tudo, "ai ai" que desgraça!

 Armindo Carvalho, já na segunda metade do Século passado, criava os versos que hoje tão bem nos definem... que apetece dizer: "ai, porque é que Afonso Henriques e D. Dinis não se deixaram estar quietos!"
 

Os ais de todos os dias,
os ais de todas as noites.
Ais do fado e do folclore,
o ai do ó ai ó linda.

Os ais que vêm do peito,
ai pobre dele, coitado
que tão cedo se finou!

Os ais que vêm da alma.
Ais d’ amor e de comédia,
ai pobre da rapariga
que se deixou enganar…
ai a dor daquela mãe.

Os ais que vêm do sexo,
os ais do prazer na cama.
Os ais da pobre senhora
agarrada ao travesseiro
ai que saudades, saudades,
os ais tão cheios de luto
da viúva inconsolável.
Ai pobre daquele velhinho:
_ai que saudades menina,
ai a velhice é tão triste.

Os ais do rico e do pobre
ai o espinho da rosa
os ais do António Nobre.
Ais do peito e da poesia
e os ais de outras coisas mais.
Ai a dor que tenho aqui,
ai o gajo também é,
ai a vida que tu levas,
ai tu não faças asneiras,
ai mulher és o demónio,
ai que terrível tragédia,
ai a culpa é do António!

Ai os ais de tanta gente…
ai que já é dia oito
ai o que vai ser de nós.

E os ais dos liriquistas
a chorar compreensão?
ai que vontade de rir.

E os ais de D. Dinis
Ai Deus e u é…

Triste de quem der um ai
sem achar eco em ninguém.
Os ais da vida e da morte
Ai os ais deste país…

5 comentários:

  1. Parece que cabe-me a mim abrir as hostilidades. Bem vindo caro ´´Diligente`` ao mundo do faz de conta, espero que venhas colmatar a lacuna deixada em aberto por outro irmão, que sejas mais uma porta aberta para podermos dizer as verdades que ninguém ousa dizer nas ruas nos cafés, na sociedade. Eu assim o desejo, por favor não me desiludas, não como os demais, faz a diferença para melhor. Eu te saúdo.
    O Político Residente

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  2. Ora seja bem vindo Senhor Diligente! Um bom aparecimento num momento como este. Finalmente vamos poder voltar a dizer o que pensamos... Um bom trabalho.
    *REBELDE*

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  3. meus amigos, se kerem dizer o ke pensam digam sem alcunhas ou nicks ou será ke nem aki perdem o medo de falar?

    se é para falar só por falar também eu venho aki dizer o ke me vai na alma ou apenas no pensar do momento...

    não basta o sr. diligente ser um anónimo sem coragem de espirito ke também vocês o tenham ke ser? deixem-se disso...

    se kerem fazer mais pelo concelho e por nós todos, dêem a cara...

    não há nada mais bonito do ke dizer a verdade mas com rosto...


    abraço

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  4. O caro António Faria, desculpe a ousadia mas o amigo não parece deste mundo, é muito romântico, compreende? Repare, vou dizer algo que já por diversas vezes fiz referência noutros espaços semelhantes e também já o vi mencionado neste blog por outro(a) comentador(a), se por acaso eu detiver uma informação fidedigna que coloque em causa o bom nome de uma figura proeminente de Constância (atenção que estou a divagar) e se der a cara públicamente, sujeito-me a acabar na barra do tribunal e a ser condenado por falta de provas e injúrias por exemplo, pois como todos sabemos e infelizmente em Portugal, a justiça só tem mão pesada para os pobres, quem tem poder safa-se sempre, mesmo que toda a gente saiba que é verdade a acusação. Ora como calcula, o anónimato se for usado dentro de parâmetros aceitáveis é uma arma necessária na sociedade. Veja o caso da Wikileaks tão condenada pelos puristas e moralistas cá em Portugal e sabe porquê? Porque a qualquer momento podem ver a sua vida exposta públicamente. Por acaso esse site já públicou alguma mentira, já alguém desmentiu o que as imagens não deixam mentir? Não pois não, agora vêm dizer que são um perigo e são terroristas informáticos, só por trazerem à ribalta segredos escondidos de todo o mundo e porque são segredos tão bem guardados?
    Portanto amigo Faria, o romantismo está pela hora da morte, temos que nos adaptar à realidade.

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  5. Ah esqueci-me de assinar o meu nome fictícío no comentário anterior (18.31 de 5 de Maio), como tal peço desculpa.
    O Politíco Residente

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